Ronaldo cita ‘portas fechadas’ e retira candidatura à presidência da CBF
Ex-jogador afirmou que 23 das 27 federações filiadas à entidade fecharam as portas a ele e demonstraram satisfação com Ednaldo Rodrigues
Ronaldo Fenômeno anunciou que está desistindo de disputar a presidência da CBF. O ex-camisa 9 da seleção anunciou, publicamente, a retirada de sua candidatura, e revelou ter recebido negativa de reunião de 23 das 27 federações nacionais de futebol.

“No meu primeiro contato com as 27 filiadas, encontrei 23 portas fechadas. As federações se recusaram a me receber em suas casas, sob o argumento de satisfação com a atual gestão e apoio à reeleição. Não pude apresentar meu projeto, levar minhas ideias e ouvi-las como gostaria. Não houve qualquer abertura para o diálogo”, disse em trecho de nota divulgada nesta quarta-feira, 12.
A nova eleição para presidente ainda não está marcada. Em novembro do ano passado, as federações mudaram o estatuto e admitiram um terceiro mandato para o presidente.
Veja a publicação de Ronaldo na íntegra:
Depois de declarar publicamente o meu desejo de me candidatar à presidência da CBF no próximo pleito, retiro aqui, oficialmente, a minha intenção. Se a maioria com o poder de decisão entende que o futebol brasileiro está em boas mãos, pouco importa a minha opinião.
Conforme já havia dito, os meus primeiros passos seriam na direção de dar voz e espaço aos clubes, bem como escutar as federações em prol de melhorias nas competições e desenvolvimento do esporte em seus estados. A mudança necessária viria desse alinhamento estratégico, com a força da visão compartilhada.
No entanto, no meu primeiro contato com as 27 filiadas, encontrei 23 portas fechadas. As federações se recusaram a me receber em suas casas, sob o argumento de satisfação com a atual gestão e apoio à reeleição. Não pude apresentar meu projeto, levar minhas ideias e ouvi-las como gostaria. Não houve qualquer abertura para o diálogo.
O estatuto concede às federações o voto de maior peso e, portanto, fica claro que não há como concorrer. A maior parte das lideranças estaduais apoia o presidente em exercício, é direito deles e eu respeito, independentemente das minhas convicções.
Agradeço a todos que demonstraram interesse na minha iniciativa e sigo acreditando que o caminho para a evolução do futebol brasileiro é, antes de mais nada, o diálogo, a transparência e a união.
Publicado em: 12 de Março, 2025 por Kawan Noleto